segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Agricultores trazem campo para a cidade

Para sobreviver, vender ou apenas ocupar o tempo, são muitos os lisboetas que cultivam pequenos pedaços de terra, abstraídos da paisagem de betão e do trânsito que os circunda. As hortas urbanas estendem-se pela zona periférica da capital, ao longo de um anel de sete quilómetros, que vai desde a Quinta da Granja (na zona de Benfica) até ao Vale de Chelas, passando pela Ameixoeira, Vale da Montanha (Olaias), Vale Fundão (Marvila), Tapada da Ajuda (Ajuda/Alcântara), Rio Seco (Ajuda), Pedrouços (Belém), Bairro Padre Cruz, Carnide, Benfica e Telheiras.

in: Portalambiente

4 comentários:

Anónimo disse...

É sempre positivo, que a Câmara Municipal de Lisboa se paute pela manutenção dos espaços verdes que existem em Lisboa.

Os espaços verdes são vitais para a qualidade de vida de uma cidade e para os seus moradores.

Esperemos que na criação destes parques hortícolas, a Câmara cobre preços verdadeiramente ajustados às reais possibilidades dos moradores que irão continuar a cultivar as suas hortas.

A preservação das respectivas hortas não tem somente uma função no equílibrio ambiental da cidade, mas também uma função social importante, porque além de ser uma actividade com funções de ocupação, pode ser importante para que muitos continuem a suplantar as suas dificuldades financeiras, através do cultivo de produtos hortícolas próprios.

Essa é uma caracteristica da Freguesia de Marvila, porque existem moradores que cultivam hortas e que são pessoas com fracas possibilidades financeiras.

O cultivo das respectivas hortas, são também uma fonte de entretenimento, de ocupação e de fuga ao stress, ajudando-lhes na melhoria do estilo e ritmos de vida agitado das cidades.

È sabido que muitos moradores fazem dessas hortas uma espécie da sua segunda casa, ocupando asim uma função social importante nas suas vidas.

Evidentemente, o futuro das cidades tem de passar, cada vez mais, pela articulação da parte urbanística com a parte ambiental.

Anónimo disse...

Ok. Agora entendo alguns comentários em que se referia que iriam demolir o 232 e pantera côr-de-rosa. Vão transformar o seu espaço em hortas.

Que plantarão depois lá?

Bem só pode ser Nabos, pois nabos, é o que têm sido os inquilinos enquanto esperam encostados sem preocupações, sem stress, descontraindo, pela renda apoiada.

Anónimo disse...

Este projecto, é de facto muito importante para a cidade de Lisboa, e é uma prática que se verifica em muitas outras cidades europeias.

No entanto, em Portugal, existe uma deformação de mentalidade quanto à visão e utilização dos espaços verdes.

Portugal, e sobretudo, devido à ditadura do Estado Novo, foi durante muitos anos, um país essencialmente rural.

Com o 25 de Abril de 1974 e sobretudo, a partir da entrada na União Europeia, passou-se a construir grandes superfícies comerciais.

Desde então, devido ao facto de os portugueses serem um povo com grandes complexos de ruralidade, passou-se a considerar que um comportamento socialmente aceitável e moderno é ir ao Shopping, abandonando os espaços verdes!

Muitos pseudo-modernos e pseudo-intelectuais continuam a considerar, erradamente e ridiculamente, que a modernidade encontra-se nos centros comerciais, fugindo aos espaços verdes, porque os portugueses, ainda hoje apresentam complexos e uma vergonha não assunida devido ao facto de Portugal ter sido um país rural.

Os portugueses têm vergonha da sua ruralidade!

Existem ainda pessoas que se referem com tom de gozo e desprezo aos espaços verdes e hortas, como se os mesmos fossem um factor de atraso, quando o atraso se encontra na mentalidade e no atraso cultural existente.

Talvez uma dia, quando esses pseudo-modernos perceberem que nos países mais desenvolvidos já se pratica o cultivo de hortas em cidades e se valoriza os espaços verdes, então, aí, típicamente, na sua atitude de cópias de imitação, e de um cinzentismo típico, poderão vir a começar a fazer de conta que também já apreciam os espaços verdes e o cultivo de hortas!

Anónimo disse...

Acho muito bem que se cultivem hortas nos espaços verdes que existem em Lisboa.

Mais,deviam cultivar, feijões, batatas, nabos, cebolas, couves, alhos, ervilhas e cenouras em todas as

Rotundas que há da Cidade de Lisboa .