quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Portugal tem dois milhões de pobres

Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), explica o INE, após as transferências sociais.

Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23 por cento, respectivamente.

in Correio da Manha, 16/10/2007

PS: Tambem sabemos que existe muita pobreza encoberta em Marvila, mesmo muita.

Os idosos são aqueles que muito sofrem, derivado ás baixas reformas, que pouco ou quase não chega para a sua alimentação.

2 comentários:

Info Lóios disse...

Esta população que vimos na pagina principal encontra-se mesmo escondida, nas habitações.

Tivemos conhecimento de um caso gravissimo em uma casa social no bairro dos Loios.

O mesmo vive sem agua e luz á mais de 3 anos, a casa está em deploravel situação.

Basta não existir agua para que possamos tirar uma ideia do caso.

Este sem abrigo ( com tecto ) consegue sobreviver porque os proprios vizinhos lhe dão de comer.

A degradação é tão grande e impertuável para qualquer ser que tenha possas, que nem queiram saber.

Podemos informar que este senhor foi encaminhado para a santa casa de mesericordia que finalmente se preocupou com o caso depois de tanta existencia de alguns moradores.

Estas são pessoas que não teem familia e vivem sozinhas, vivendo da pouca reforma que o estado ainda lhes fornece € 250 de certeza que não dá para pagar uma casa e não só.

Esta é a pobreza que muitos não veem, mas existe e bastante escondida.

Anónimo disse...

“Vemos, lemos, ouvimos, não podemos ignorar”. Os dados da Rede Europeia Anti-Pobreza interpelam a consciência de cada um de nós. 20% dos portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza.

Mais de 2 milhões de pessoas vivem em Portugal com menos de €360 por mês.

Esta é uma pobreza que não afecta só os que eram tradicionalmente os mais desprotegidos: os idosos, os doentes, os excluídos.

Os “novos pobres” são em muitos casos trabalhadores, gente que trabalha 8 horas por dia, 40 horas por semana e que vive só do seu salário, sem receber qualquer prestação social.

Dizem os mesmos dados que 14% dos portugueses que trabalham estão em risco de privação.

Ao mesmo tempo que a pobreza cresce, aumenta o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. 20% dos portugueses concentram em si 80% da riqueza nacional.

A mobilidade social, factor distintivo das sociedades que valorizam a ética e o valor do trabalho, desapareceu.

Temos um governo que tem descurado todos estes problemas e cada vez mais nos apercebemos destes dados